segunda-feira, 19 de setembro de 2011


Seu sorriso é a parte que mais me encanta, principalmente quando é aquele bem espontâneo e escandaloso e ela põe a mão na boca como se estivesse espantada pelo alto som de seu próprio riso. Ela tem aquela boca ingênua, mas que dela sai palavras de mulher. Sinto encanto por aquele sorriso meio desconcertado que ela põe no rosto quando recebe um elogio.
Ah... Adoro o jeito com que ela chama a atenção de quem ama com aquele olhar... Adoro o olhar inocente e sensual com que ela se olha ao espelho... Seus olhos fundos e cansados estão sempre pintados, de cores vivas que a deixam com um toque único, uma marca registrada, eu diria.
Sempre fico horas olhando aquele nariz que abre suas ventas quando ela sorri. E quando ela põe a mão pra cobrir aquele simples detalhe, que pra mim faz uma grande diferença...
Sua pele é tão macia... Adoro tocá-la à noite, quando ela está perto de dormir, fico a tocar aquele rosto macio, aquela pele livre de marcas de expressões, ingênua, pura ...
Me faz rir aquele jeito todo desconcertado e molenga que ela tem, é engraçado e a deixa tão “menina moleca”. Aquele jeito de andar, com os ombros caídos como se tivesse o mundo inteiro sendo carregado em suas costas, mas ainda pela aparência que poderia ser cansada, ela faz-se sensual.
Fico horas e horas vendo aquela linda menina, observando cada detalhe de seu corpo. Poderia eu enumerar quantas pintas ela tem pelo corpo, quais suas qualidades físicas mais marcantes, inclusive, podia desenhá-la usando apenas a minha imaginação, saberia eu fazer um perfeito retrato dela em minha cabeça, daria inclusive pra sentir o cheiro de sua pele.
As vezes queria eu tira-la daquele frio espelho...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011


Ontem me aconteceu uma coisa muito diferente. Estava conversando com um rapaz que eu havia acabado de conhecer e falávamos sobre minha hiperflexibilidade. O rapaz , que é formado em fisioterapia achou interessante e começamos a conversar sobre o assunto. Então no meio da conversa ele me falou “mocinha, você terá sérios problemas por isso. Talvez aos seus 30 anos se você não se cuidar você não andará...”.
Eu ouvi aquilo e pareceu que ao ouvir eu pude me transportar aos meus 30 anos. Me imaginei impossibilitada de andar, sentindo dores... Eu senti um pânico, um medo tão grande do que ainda sequer havia acontecido. Um medo de simplesmente viver.
Me vi questionando-me ou questionando à Deus, “porque eu? Porque comigo? Porque?”. Aquela falta de resposta me deu ainda mais pânico. Esse “processo” todo durou uma fração de segundos, como se eu pudesse ter parado o tempo a meu favor.
Confesso que aquilo me deixou pensativa... E eu ainda não sei digerir direito esse turbilhão de pensamentos que aquela afirmação me trouxe. Será medo da dor? Medo de ser incapaz? Ou apenas medo de viver?
Quis parar tudo e voltar atrás, quis não sentir medo, quis não viver, quis apenas mudar...
Ainda estou com medo.