terça-feira, 3 de abril de 2012

A coisa mais difícil em ser um ser humano com toda a complexidade de viver em sociedade, em ter de ser assim, ter de ser de outro jeito, é a percepção dos limites. Porque acaba que os limites são impostos, mas não se tem nenhuma placa de aviso dizendo que seu limite acaba ali e começa, então, o limite do outro. 
A sociedade vai impondo seus limites, e a partir daí que cada um terá seu limite próprio baseado nos postulados desta sociedade e ainda respeitando o limite do outro.  A sociedade ditará – na lei darwiniana de que o melhor sobrevive – quem terá um grau maior de respeito por tais e assim tendo a aceitação dentro dela.  
É no mínimo complicado lidar com tais limites, porque nem sempre sabemos realmente onde começa o limite do outro,  e esse não saber implica em esbarrarmos e adentrarmos nesses limites “alheios” e isso pode causar uma confusão danada, afinal de contas ninguém quer ser invadido por ninguém.
Uma hora ou outra você vai esbarrar no limite de outra pessoa e ela vai te dizer “eu não aceito que seja assim”, aí então você deve se fazer algumas perguntas: o limite do outro está realmente sendo infringido? o limite de quem estará sendo “respeitado”, ou seu ou o dele?
Dizer que o segredo da felicidade está no equilíbrio é a coisa mais clichê do mundo, mas nem porque é clichê deixa de ser verdade, uma verdade que pode ter vários pontos de vistas. E, pra mim o segredo da felicidade está em aprender a equilibrar os limites, os seus, os meus e os limites sociais, afinal de contas uma de nossas características principais, como humanos, é viver em sociedade e “adaptar-se” a ela então porque não adaptarmo-nos a tais limites. 
Deixemos claro até onde nosso limite vai, já que não há uma forma de inserirmos placas para sinalizarmos as fronteiras destes limites, tentemos ao menos, deixar claro aos outros indivíduos de nossa sociedade que temos limites, e os respeitamos, para que sejam respeitados.