terça-feira, 3 de abril de 2012

A coisa mais difícil em ser um ser humano com toda a complexidade de viver em sociedade, em ter de ser assim, ter de ser de outro jeito, é a percepção dos limites. Porque acaba que os limites são impostos, mas não se tem nenhuma placa de aviso dizendo que seu limite acaba ali e começa, então, o limite do outro. 
A sociedade vai impondo seus limites, e a partir daí que cada um terá seu limite próprio baseado nos postulados desta sociedade e ainda respeitando o limite do outro.  A sociedade ditará – na lei darwiniana de que o melhor sobrevive – quem terá um grau maior de respeito por tais e assim tendo a aceitação dentro dela.  
É no mínimo complicado lidar com tais limites, porque nem sempre sabemos realmente onde começa o limite do outro,  e esse não saber implica em esbarrarmos e adentrarmos nesses limites “alheios” e isso pode causar uma confusão danada, afinal de contas ninguém quer ser invadido por ninguém.
Uma hora ou outra você vai esbarrar no limite de outra pessoa e ela vai te dizer “eu não aceito que seja assim”, aí então você deve se fazer algumas perguntas: o limite do outro está realmente sendo infringido? o limite de quem estará sendo “respeitado”, ou seu ou o dele?
Dizer que o segredo da felicidade está no equilíbrio é a coisa mais clichê do mundo, mas nem porque é clichê deixa de ser verdade, uma verdade que pode ter vários pontos de vistas. E, pra mim o segredo da felicidade está em aprender a equilibrar os limites, os seus, os meus e os limites sociais, afinal de contas uma de nossas características principais, como humanos, é viver em sociedade e “adaptar-se” a ela então porque não adaptarmo-nos a tais limites. 
Deixemos claro até onde nosso limite vai, já que não há uma forma de inserirmos placas para sinalizarmos as fronteiras destes limites, tentemos ao menos, deixar claro aos outros indivíduos de nossa sociedade que temos limites, e os respeitamos, para que sejam respeitados. 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Há pessoas que vivem para destruir. Nasceram  no fosso da ignorância e lá construíram o seu mundo de ódio, de desprezo, de traição.
Fazem cursos de guerra, especializam-se no manuseio de armas bélicas e exercitam-se diariamente no processo de delação. 
Têm a língua afiada, pronta para soltar vitupérios e o dedo médio lambuzado de titica e enrijecido de tantas deduragens.
São obscuras, raivosas, traidoras, covardes e vivem no aninimato. Têm como lema a destruição. Se não posso ser notável, ser importante, ser escritor, por exemplo, que ninguém o seja. 
E aí, no laboratório de sua insignificância destilam ódio contra aqueles que estão contruindo, mostrando ao mundo que ainda é possível plantar rosas e fabricar perfumes. 


Crônicas de mim.

terça-feira, 15 de novembro de 2011


A religião sem duvida é e será sempre um assunto polemico, porque quem segue tem sempre uma opinião formada e a prega como se aquela fosse a verdade única e universal.  O que me faz pensar é: que valores levamos em consideração ao escolhermos nossa religião? Cultural? Afinidade? Crença? Herança cultural? Sociedade?
Bem ao pensar nesse assunto e analisar-me como uma pessoa que escolheu não seguir nenhum tipo de religião penso no que me levou a escolher não ter religião. Tendo em vista os valores éticos e sociais que aprendi durante os meus poucos anos de vida começo a pensar que religião nos é pregado desde que somos crianças, e que algumas pessoas não conseguem livrar-se desse pensamento impregnado. Ou seja, se você nasce em um berço espírita, seguirá a religião espírita e assim segue.
Mas o que nos faz “trocar” de idéia? Um abrir de olhos quanto à lavagem cerebral que a sociedade e a família (sim, a família) nos faz e um despertar para poder seguir os próprios valores e crenças, o que não é nada fácil ainda mais quando temos a carga de uma família que vai contra a escolha.
Tendo passado por parcela da minha vida em uma religião evangélica aprendi valores que eu não me desprendo deles, não pela religião, mas por ter feito desses valores uma verdade pra minha vida. Não preciso de uma religião pra me dizer o que é “pecado” (errado), isso eu consegui com a minha percepção.
Nós humanos precisamos ter uma religião pra sermos pessoas melhores, entendermos e termos consciência do que é certo e errado pra vida em sociedade e pra vida espiritual? Até que ponto deixamos a sociedade, a comunidade e círculo de amizade influenciar na nossa escolha quanto à religião?
Penso ainda que se Jesus estivesse vivo para ver o que se tornou todo esse “livre arbítrio” choraria. Porque o Jesus em Espírito que vive em mim tem às vezes vontade de chorar ao ver quanta ignorância e lavagem cerebral foi feita com o povo. A grande maioria cega-se por essa influencia, seja ela cultural, social, familiar ou sei lá de onde vem.
Será mesmo que há necessidade de sermos assim tão marionetes da influencia imposta sobre nós e de uma religião, que é cada vez mais manipuladora, abrindo portas para a alienação coletiva de ter que seguir uma religião ou ser taxada por um tabu de que todos temos que acreditar em Deus, ou em força maior. Não há necessidade alguma de associar religião à crença, religião à igreja e a fé. Não ter religião não significa que somos incrédulos, que não temos fé e que somos pessoas ruins...
O Jesus que há em mim não precisa de nenhuma religião pra me fazer acreditar, pra me fazer sentir amor pela vida e vidas, para me fazer ter seus princípios em meu coração... Se estou errada eu não sei, só sei que não sou escrava dessa alienação. Tenho meus valores, fé e minha espiritualidade baseados na carga de experiência que adquiri durante a vida, e pra mim isso basta pra que eu tenha um Jesus vivo dentro de mim.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011


Pra mim já basta o silencio do meu próprio amor não correspondido, me basta as janelas que estão abertas, as lacunas não preenchidas, as feridas que não cicatrizam, os falsos juízos, os amores imperfeitos, já basta!
Não preciso procurar motivos para sentir-me bem, não preciso de falsos amores para me fazer esquecer pessoas que eu escolhi para amar e que o amor não me foi correspondido. Não preciso e sequer quero correr riscos desnecessários, paixões de verão...
Tenho os perdões que nunca consegui perdoar, os “eu te amo” que minha boca jamais disse, uma vida de projeções, sonhos que jamais realizei, sonho fúteis, que hoje vejo que já não serão uma feliz realidade, aliás, sequer os vejo como realidade quanto mais feliz...
Meu amor não tem limite, mas é amor de uma pobre humana, que também se cansa...

domingo, 30 de outubro de 2011

Goiânia, 31 de outubro de 2011.



Quanto à estupidez humana digo que  é um defeito de fábrica, aparentemente alguns lotes vieram com esse defeito um pouco mais acentuado. Alguns humanos possuem ainda agregado à estupidez uma qualidade própria, a ignorância. Essa não existe manutenção sendo que alguns consertam-se sozinhos, outros possuem esse defeito por toda vida.
Não tendo direito a devolução, sequer uma manutenção com garantia de melhoria quando os humanos ao decorrer dos anos não conseguem livrar-se sozinhos desse(s) defeito(s) o que resta é apenas esperar que seu processador identifique sozinho o(s) erro(s) e corrija-o(s).
Não havendo melhoria alguma ou sequer detecção deste defeito a fábrica não se responsabiliza por danos físicos ou psicológicos que estes humanos possam ter/causar, também não há bula e SAC.
Quando “temos” um humano com esse(s) defeito(s) de fábrica aconselha-se uma boa dose de leitura, agregado à cultura. Quanto aos danos psicológicos a intervenção de um profissional para acompanhamento e terapia, em alguns casos de estupidez agregado à ignorância com agravante de loucura aconselha-se que este humano seja removido imediatamente da sociedade, preservando o direito destes.
A estupidez é então assim como alguns (muitos) defeitos de fábrica que ainda não identificaram causa aparente para tal problema, e espera-se que os novos lotes venham imunes de tais.

terça-feira, 18 de outubro de 2011


Hoje eu vou falar sobre ciúmes. É ciúmes aquele medo desesperador, aquela raiva, aquela doença, aquele (porque não?) amor.
Essa semana uma pessoa me fez uma pergunta que pra muitos seria uma simples pergunta de resposta “sim” ou “não”. Me perguntaram se eu sou ciumenta. Aquela pergunta foi forte... Cheguei a sentir que meus olhos lacrimejaram, comecei a pensar nos meus “acessos” de ciúme, pensei nos meus relacionamentos, pensei na minha família, nos meus “brinquedos”... E então perguntei a mim você é ciumenta?
Pra conseguir responder a essa pergunta primeiro eu preciso formular a minha concepção de ciúme... O que ele representa pra mim? Quem é o ciúme pra Suellem? Pensei em meus antigos relacionamentos e não me vi como uma pessoa ciumenta. Mas será o ciúme um segredo que guardo dentro de mim?
Ciúme pra mim (eu já até disse isso) é uma certeza que se irá perder a pessoa ou até mesmo o objeto amado. Mas também ciúme está associado a uma certa proteção excessiva, uma vontade projetada, quem sente ciúme quer ter a pessoa perto e não quer passar por “riscos” de perder essa pessoa.
Eu senti ciúmes várias vezes na vida... Senti ciúmes de amores, senti ciúmes do amor, senti ciúmes de perder... Sinto ciúmes daqui que já perdi e que quero de volta.
Então respondi – Ciumenta? Depende.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011


Seu sorriso é a parte que mais me encanta, principalmente quando é aquele bem espontâneo e escandaloso e ela põe a mão na boca como se estivesse espantada pelo alto som de seu próprio riso. Ela tem aquela boca ingênua, mas que dela sai palavras de mulher. Sinto encanto por aquele sorriso meio desconcertado que ela põe no rosto quando recebe um elogio.
Ah... Adoro o jeito com que ela chama a atenção de quem ama com aquele olhar... Adoro o olhar inocente e sensual com que ela se olha ao espelho... Seus olhos fundos e cansados estão sempre pintados, de cores vivas que a deixam com um toque único, uma marca registrada, eu diria.
Sempre fico horas olhando aquele nariz que abre suas ventas quando ela sorri. E quando ela põe a mão pra cobrir aquele simples detalhe, que pra mim faz uma grande diferença...
Sua pele é tão macia... Adoro tocá-la à noite, quando ela está perto de dormir, fico a tocar aquele rosto macio, aquela pele livre de marcas de expressões, ingênua, pura ...
Me faz rir aquele jeito todo desconcertado e molenga que ela tem, é engraçado e a deixa tão “menina moleca”. Aquele jeito de andar, com os ombros caídos como se tivesse o mundo inteiro sendo carregado em suas costas, mas ainda pela aparência que poderia ser cansada, ela faz-se sensual.
Fico horas e horas vendo aquela linda menina, observando cada detalhe de seu corpo. Poderia eu enumerar quantas pintas ela tem pelo corpo, quais suas qualidades físicas mais marcantes, inclusive, podia desenhá-la usando apenas a minha imaginação, saberia eu fazer um perfeito retrato dela em minha cabeça, daria inclusive pra sentir o cheiro de sua pele.
As vezes queria eu tira-la daquele frio espelho...